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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Passageiro do tempo

Passageiro do Tempo

Verso I

Sou o passageiro do tempo,
Levado pelo forte vento,
O universo a percorrer...

Sou o passageiro tempo,
enamorado da lua e  das estrelas,
perplexo diante da grandeza,
ínfimo ser perante a beleza,
dádiva da natureza,
que o criador outorgou...

Sou o passageiro do tempo,
e pergunto: é hoje? é agora?
será um eterno renascer?
é como a flor do campo
sob o influxo solar,
espalha pólen ao vento,
brilha bela, cresce e flora,
para outra flor nascer...

Passageiros do tempo,
assim somos, a vida é assim.
Estamos nós na busca sem fim,
dos dias, das noites, dos elos perdidos,
que muitas das vezes até combalidos,
esperamos a felicidade encontrar...

Heloisa Helena Silveira, jornalista e escritora espírita 
(Direitos autorais reservados)

Verso II


Você, viajor do tempo,
o que fazes do seu tempo?
Já parou enfim para pensar?
o que tem feito da hora,
abençoada pela aurora,
vá e lute por ela agora
e à noite então descansar...
    
passageiro do tempo,
que corre contra o vento,
com passo lento e incerto,
querendo o tempo alcançar...
o tempo da esperança,
o tempo da bonança,
que tão poucos alcançam,
porque não sabem esperar,..


alerta, pensa, espera!
exerça a paciência,
tenha amor e clemência,
com o seu  próprio ser,
a imprudência é fruto
da pressa e da insensatez..

onde está o seu coração?
aí está o seu sentimento
fruto do contumaz pensamento,
do bem ou do mal a pulsar,
 com ardor ou desamor,
não culpe o Criador
se o rio correr para o mar...
Verso III


Escute o cantar do pássaro,
aprecie o riacho que passa,
águas cristalinas a levar
a folha caída com o vento,
ouça o seu doce lamento,
no mar eu quero chegar...




Seja como a folha ao vento,
se deixe levar pelo sábio tempo
que nunca mais vai voltar,
faça do dia a sua hora,
não viva o tempo de outrora,
viva o tempo que virá...




Viva o tempo com o fulgor
da juventude faceira,
que tudo ama, que tudo espera,
que tudo sabe e não verbera,
que já aprendeu a calar...




Diante da ignonímia,
que a Humanidade fascina,
valores querendo trocar,
o tilintar da moeda,
 ouro que brilha ao sol,
a vaidade que embriaga,
as mais altas camadas,
da sociedade secular...


Mira o seu interior,
veja os valores que você tem,
coloque-os na balança do tempo,
lute contra o oculto intento,
de querer retardar,
a bela jornada da vida,
na Escalada da evolução...


Vá, ande nas asas do vento,
lute contra o velho tempo
que cansado de te esperar,
toque a trombeta da aurora,
que avisa,  sua hora é agora,
a eternidade aqui está...