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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CLAMOR PELA TERRA - Poema dedicado a Marcia Lopes, Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em 30 de dezembro de 2010.

Meu irmão Caminheiro,
no seu árduo caminhar,
pensa  consigo mesmo:
viagem  dura e longa,
solo rude, poeira na face,
tórrido sol, pele adentro,
a noite é sombria,
frios cortantes ventos...

E a jornada continua,
precisa logo encontrar,
lugar clareira aberta,
seu corpo cansado deitar,
paus e lona nas costas,
agastado de carregar...

Estômago ardendo em fome,
boca seca, a sede saciar,
olhar perdido no horizonte,
terra, minha terra querida,
como irei te encontrar...

Não se permite o viajante,
volver os olhos ao passado,
amigo, você não sabe,
não percebe, nem imaginar,
o que sente o viandante,
em busca do sagrado lar...

Destino incerto,
em céu aberto,
caminha o homem
em busca do elo perdido,
coração desgarrado,
olhar sombrio,
coração partido...

Neste instante, desperta!
olhar de espanto exprime um grito:
companheiros, terra à vista!
 terra prometida é conquista,
ela finalmente  aqui está...

Nesta terra, dou o meu grito,
neste solo, só, eu fico,
aqui quero deitar e morrer,
mas antes, bem antes,
quero plantar a semente,
pois rica a terra, jaz latente,
para fruto acolher e crescer...

A hora é agora,
dê a terra ao seu dono,
não o relegue ao abandono
o que é prometido,
 não se deve esquecer,
é tempo de uma nova aurora,
faça do presente o futuro agora,
não há mais tempo a perder...

Amigo, eu bem sei,
um dia você prometeu:
a terra, ao homem dar,
custasse o seu sangue,
custasse a sua vida,
custasse o que custar,
isso iria realizar...

Sou a voz que clama,
voz da sua consciência,
não da loucura,
nem da demência,
sou a voz da inocência,
que no íntimo jaz a certeza:
com todos devemos partilhar,
o pão, o agasalho, a terra,
a semente, a água bendita,
o amor da mulher mãe,
que o rebento afaga aflita,
faminto as suas
tetas a sugar...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DESIGNIO SUPREMO


Os desígnios de Deus, o Amantíssimo,
só serão compreendidos na sua totalidade,
quando abrirmos os nossos corações,
as nossas mentes, para o entendimento,
fazendo o uso da razão e do discernimento,
com relação às manifestações
 do próximo e às suas reações,
violentas ou pacificadoras,
suas preferências e opiniões,
diante das intempéries da vida,
que a cada ser humano reservada está...

 Serenidade no comportamento diário,
a paciência perante a ignorância,
o silencio no anverso da agressão,
a expressão da compaixão
diante dos atos tresloucados,
daqueles que do amor nunca foram tocados...

O homem para saber-se “ouvido”,
não precisa gritar, não precisa blasfemar,
é fazer dos seus atos a sua mensagem
e aí então reconhecido será...

O homem para saber-se “querido”
deve imprimir nos seus atos,
a bondade, a sinceridade,
a tolerância, a paciência,
a modéstia e a simplicidade,
e se ainda é pouco, vale a pena
imprimir na sua essência,
muito amor e honestidade...

Amigo, de cada um será cobrado,
o que foi feito da sua vida,
e das vidas que o Pai lhe entregou,
sob a sua guarda, conduzir seus filhos,
 no caminho reto do dever,
à cada um nutrindo de sentimento
do mais puro e sublime amor...

Direitos Autorais Reservados - Brasília/DF, 22/10/2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MYSTERIES OF LIFE

MYSTERIES OF LIFE

Life is filled with mysteries,
full of surprises,
from the moment we born
and at last when we die...
Every minute, routinely,
the Pandora's box
we shall open,
 and facing the facts
that from there will come...

To be born is to arrive in this word,
begining of a new journey,
start all over again,
new characters, new links,
new home, differents levels,
feelings of love and hate,
who knows,meet again twin soul!

MISTÉRIOS DA VIDA

MISTÉRIOS DA VIDA


A vida é cheia de mistérios,
é cheia de surpresas,
do momento em que nascemos,
até o instante em que morremos,
à cada instante, rotineiramente,
 a caixinha de Pandora,
que todos devemos abrir,
e depararmos com os fatos
que dela hão de surgir...


Nascer, é adentrar ao mundo,
reinício de uma nova jornada,
começar tudo de novo,
novos personagens, novos elos,
novos lares, diferentes patamares,
de amor, de desamor,
quem sabe! A alma gêmea!
reencontrá-la tempos depois?


São as surpresas que a vida nos reserva,
oportunidades de novos aprendizados,
resgatar na própria carne,
os compromissos de antanho,
sentimento de alteralidade,
colocar-se no lugar do outro,
viver situações e personagens
que nunca experimentou...


Nascer mulher, viver a maternidade,
beleza sublime que o Pai criou,
benção da vida, no regaço amigo,
acolher como filho a quem renegou,
aprender a valorar o talento da vida,
oportunidade de crescimento e evolução,
das almas que ao nosso lado estão...


Mistérios da vida! mistérios são,
nas coisas mais simples
que emergem da natureza,
resplandecem em eterna beleza,
é o pássaro que canta,
a melodia universal,
é o sol que aquece a tenra planta,
e dela nascer uma flor...

As aves se nutrem,
com a  que a natureza lhes dá,
ao homem é dado o raciocínio,
a capacidade de discernir,
escolher o seu próprio caminho,
do futuro que há de vir,
seja paciente, seja prudente,
veja além das aparências,
o sentimento que no coração jaz...


Use o seu livre arbítrio,
tesouro que o Supremo outorgou,
faça da sua vida, sua grande jornada,
uma história linda a contar,
para que num futuro,
não muito distante,
à terra poder voltar,
e novamente, com outra roupagem,
 poder então recomeçar

Direitros Autorais Resevados - Brasilia/DF 21/10/2010


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ODE A PORTUGAL

ODE A PORTUGAL
É Mouraria, é Portugal,
é o doce fado que canta,
a sangria da alma,
que encanta e acalma,
a saudade da Terra,
no continente distante,
de onde veio o Infante,
cheio de esperança,
a felicidade deitar,
no bendito solo sagrado,
Brasilis, terra altaneira,
seu despojo quedará...

Louvo a ti, meu Portugal,
dos altos mares até o Tejo,
saúdo todos os lugares,
Coimbra, Fátima, Algarve,
Leiria, Alverca do Ribatejo,
lembro, ouço, na capela distante,
bem além do horizonte,
o sino a repicar,
chamada da ”Ave Maria”,
que suavemente anuncia,
o fim de mais um dia...

Longa travessia, bravos mares,
noites infindas, mar singrei,
frio intenso, rudes ventos,
tormentas enfrentei,
coração partido, Coimbra deixei...

Trovões, guerras em profusão,
 ânsia da conquista,
 devassa o velho continente,
persegue, expulsa e mata,
é a cegueira da cobiça,
comandados de Napoleão,
tomam à força, terras sagradas,
berço dos lusitanos, ancestrais...

Mas, surge, imbatível,
destemido e perspicaz cavalheiro,
olhos no futuro almeja,
com a visão do infinito,
cumpre a sagrada profecia,
faz expandir na terra distante,
brava e heróica geração,
comandada pelo sábio D. João...

A mais bela ação,
dentre todas já vistas,
surge do coração generoso e amorável,
de Isabel, princesa da liberdade,
  grilhões  partidos, não mais cativos,
para vôos distantes ensejar,
irmãos sofridos, degradados,
mutilados, vilipendiados na alma,
filhos dóceis, nativos da África,
Lei Áurea faz vingar...

Assim pensou Isabel, a Princesa
quem disse que sua tez,
por não ser alva, é menor?
somos filhos do amor,
não da pertinaz insensatez,
irmanados na centelha de luz,
refletindo a pura essência
da criação inimitável,
daquele que nos conduz...

Liberta-te, filho do ventre,
nascido cativo tempos atrás,
alforria, eu te quero livre,
tua liberdade, é a minha paz...


Direitos Autorais reservados - BSB, 08/10/2010

CICLO DA VIDA

CICLO DA VIDA

Assim foi o começo:
do túmulo, volta ao berço,
jornada em regressão,
do maior para o menor,
da luz retorno às trevas,
berço da humanidade,
simples e ignorante,
assim Deus nos criou
bem antes, priscas eras...

Homem, pedra bruta ,
besta fera entre as feras,
vindo da luz de Capela,
surge bruto, mata e consome,
sobrevive luta infame,
erro ignóbil quis olvidar...

chora o pranto secular,
redime máculas, uma a uma,
ao Pai Criador volta o olhar,
implora pelo perdão
dos tropeços em Capela,
não era homem, era  fera,
e assim,  como homo sapiens,
vive a primeira era...

Noites após noites,
na escalada do tempo
o homem se ergue lento,
e a fronte levanta,
os céus busca alcançar,
olhar de esperança
o passado não lembrar...


A luta prossegue,
busca a luz do conhecimento
com a  vinda dos seres estelares,
e aos poucos, gota a gota,
na mente do homem a encetar,
desejos de prosperar...


De quando em quando,
dentre os filhos dementes,
o Criador permite
frutificar o saber da semente...

Envia sábios ao mundo,
de todos os matizes,
de todos os saberes,
para a humanidade avançar,
ensina, transmite e repassa
o culto sublime ao amor,
esperança de uma nova vida...

A descoberta do fogo e da roda,
a descoberta da navegação
impulsiona o homem à conquista,
novos ares, terra à vista!
novos povos fez crescer,
em outras paragens renascer...

Salto épico rumo ao futuro,
descobre a nobre tecnologia,
avança espaço infinito,
lei da gravidade desafia...

Mente potencializada,
percorre e desvenda os mistérios da vida,
rasga as camadas densas da estratosfera,
admira inebriado azul terra distante,
nave silenciosa navega no espaço sideral...

Já não basta somente a terra,
outros planetas quer conquistar,
novas sondas envia, pesquisa e busca,
outras formas de vida poderão existir?

No subconsciente, latente o desejo,
Capela, Cyrius, Andrômeda, onde encontrar?
civilização perdida no tempo,
existência perdida, era milenar...

Por mais que o homem percorra,
o universo, galáxias sem fim,
na busca de novas civilizações
nas estrelas está escrito:
transforme os seus sentimentos,
seja nobre e solidário,
generoso e misericordioso,
deixe de ser besta fera,
exilado e decaído de Capela,
seja a essência primeva,
grande centelha de luz,
siga os nobres exemplos,
dos missionários do tempo,
comandados de Jesus...

Direitos Autorais reservados. Bsb, 08/10/2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ser poeta

Ser poeta

Na verve de um poeta
corre o sangue da paixão,
que só um anjo define
de onde vem a inspiração...

Ser poeta é ser sensível,
é ver com os olhos d’ alma,
sentir na própria carne,
a dor  da injúria afiada,
que descarna o corpo em vida,
dilacera o peito amigo,
que te serviu de abrigo,
inerte aos poucos quedará...

Será que a inspiração,
vem da noite, vem do dia,
vem da brisa do entardecer,
vem da dor ,vem da alegria,
em ver os deserdados da vida,
sem agasalho e sem comida,
no longo inverno a padecer...

Ser poeta é ser violeiro,
tanger cordas em melodias,
cantar em versos o dia,
sua glória , sua agonia,
e renascer  em esplendor...

Ser poeta é ser errante,
caminhar sem rumo, andante,
em busca do horizonte,
o arco-íris alcançar...
em suas cores mergulhar,
delas emergir colorido,
azul da cor estelar,
verde  matas seculares,
densas águas, profundos mares,
mistérios do meu porvir...

Sou o poeta que tange,
Harpa ou alaúde,
que da vida fiz o que pude,
as dores do próximo sanar...
Sou poeta que chora,
ao ver o homem que implora,
a fome querendo aplacar,
sufocar grito incontido,
ao ver o irmão aflito,
que já não sabe expressar,
desiderato e revolta,
do infortúnio que açoita,
as entranhas do próprio lar...

Sou o poeta que canta o lamento
do uivado do frio e do vento,
que vem a todos assolar,

Sou o poeta que implora,
em versos e prosa,
siga o caminho bendito,
que dito está,
amar sem fronteiras,
doar sem restrição,
nunca pergunte se um dia terá
muito ou pouca, retribuição...

Sou o poeta que diz:
a humanidade saberá exprimir,
quando da vida nada restar,
assim, volverá  a fronte
ao  horizonte distante
 então, o Eterno reverenciar...

Nunca peça a um poeta para não sonhar,
é pedir a um pássaro para não cantar,
é pedir a uma nuvem para não passar,
é pedir a estrela para nunca mais brilhar...

Direitors autorais reservados, Bsb, 4/10/2010

Dádiva de servir

Dádiva do servir

Anjo amigo, onde estás?
dá-me uma explicação,
porque minh’ alma tremula,
diante de tanta agrura,
que passa um querido irmão...

Ao ver  o homem que padece,
quer da fome ou da injustiça,
fruto da mesquinha cobiça,
daqueles que só pensam em si,
sem enxergar a vida alheia,
que em dores se permeia,
esperando um triste fim...

Você já parou pra pensar,
o quanto tens recibo?
tens um lar, tens guarida,
tens o labor santo da vida,
que o Pai Supremo ofertou...

Olhe o pequenino que passa,
passos em descompasso,
é folha seca caída no tempo,
que ninguém que enxergar,
se deixa levar pelo vento,
muitas, às vezes, ao relento
sem amparo, sem acalento,
não sabendo onde aportar...

Seja dele o timoneiro,
estenda suas mãos
num gesto de amparo,
mostre o caminho à seguir,
dê a ele a esperança,
do dia que há de vir...

Este ser é o seu futuro,
sozinho e combalido,
da ilusão da vida, foi iludido,
cabelos então grisalhos,
trêmulos passos, tênues laços,
perguntarás, por certo,
o que foi feito de mim?
Terás com certeza a resposta:
porque este é nosso fim...

Ampare hoje e sempre,
acolhido, serás no amanhã,
faça hoje, aqui e agora,
anteveja a própria aurora,
viva hoje a vitória,
escreva a sua própria história,
colha no presente o fim...

Construa a sua nova morada,
num jardim repleto em flor,
componha a  sua sinfonia,
na linguagem universal do amor,
cante a ode plena e sublime,
que a todos os homens define,
seres eternos e imortais...

Direitos autorais reservados, Bsb, 4/10/2010