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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

POETA DO BEM

POETA DO BEM


Poeta é você que me lê,
Que vê magia e beleza,
Na minha forma de pensar,
Só falo das coisas da vida,
Suas alegrias em cores,
Falo da beleza das flores,
No jardim a florescer...

Falo das nossas crianças,
Do futuro venturoso
Que um dia irão ter,
Falo da esperança,
De dias melhores,
Para muitos que
Ainda não viram
O sol nascer...

Mas melhor do que falar,
É fazer tudo por todos,
Matar a fome do pobre,
Saciar a sede, e o frio combater,
Agasalhar aqueles que sofrem
   As intempéries do tempo e da vida,
O abandono sofrido no próprio lar...

Você que me lê é o verdadeiro poeta,
É aquele que se enternece
Diante do indefeso, ainda menino,
Sem teto, sem lar e sem arrimo,
Renegado pela humanidade,
Humanidade essa, que muita das vezes,
Se corrompe diante da luxúria,
Diante da tenebrosa cobiça,
Às vezes, por muita preguiça,
De não querer avançar...

Ah! Meu poeta leitor,
Companheiro de sempre,
Não importa onde estejamos,
Jamais iremos esquecer,
As horas de alegria,
Os momentos de labor...

E rogo ao Pai neste momento,
Que Ele nos conceda sempre,
A alegria de compartilhar,
As experiências e as vivências,
Em benefício dos pequeninos
Que em nossos caminhos
Sempre irão transitar...







terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

POEIRA CÓSMICA / COSMIC DUST

Em noites estreladas
Vista da terra distante,
Estão todas unidas a brilhar,
Constelações estelares,
Nominadas pela humanidade,
Antiga Grécia, priscas eras,
E com elas a identificar...

Na velocidade do pensamento navego,
Percorro o universo multicolor,
Que em cores expressam notas musicais
Bela sinfonia colorida a executar,
Em cada nota uma cor, Do, Ré, Mi, Sol,
Inigualável concerto magistral
Sinfonia divina tocada em pleno ar
Jamais ouvidas pelo pobre mortal...

De Orion quero ser a constelação,
Porte altivo, guerreiro, "O Caçador",
Cooptar as belas Três Estrelas Marias,
Alnilan, Alnitaka e Mintaka
E no firmamento eternamente brilhar...

Hoje, viajor do tempo,
Quero ser sua estrela guia,
Escolhida, uma das Marias,
Reluzir multicolor no firmamento,
Ser lembrada a todo momento,
Querendo comigo seguir...

Viajor, venha, siga-me!
Quero mostrar-lhe toda magia,
Desvendar os mistérios da vida,
Viajar comigo no dorso dos sonhos,
Expandir a visão, o sentir e auscultar,
O cantar magnânimo do universo,
E, juntos, colocar tudo em verso,
Pra a humanidade mostrar...

No entanto, para comigo sonhar,
Pergunto: Como pode o homem,
Ínfimo ser perante a grandeza
Criada pelo Arquiteto da natureza
Querendo de tudo se apossar?
Beleza e mistérios esses são,
Desde os primórdios do tempo,
Quando só existia o lamento
Idas eras, tempo secular...

O questionar e licito a todo mortal,
Desde que não destrua o espaço sideral,
Como vem fazendo com o Planeta Azul,
Bela morada escolhida, sem igual,
Que se destaca dentre todas já vistas,
Reproduzida pelos sensíveis artistas,
Legado dos grandes imortais...

Viajor do tempo,
Lembra-te a todo o momento,
Planeta Terra, morada transitória,
É a escola do aprendizado, sem par,
Onde o homem depura o passado,
Muitas vezes questionado,
Conduta dentro e fora do lar...

Aprenda com tudo lidar, com respeito,
Acolhendo dos homens, o direito,
A comida, a saúde e a educação,
O agasalho, a morada digna,
O acesso a capacitação...

Não faltar com a criança, o carinho,
Como o pássaro acolhe em seu ninho,
Pequeno ser divino em formação,
Que de flor em flor, de galho em galho,
E de graveto em graveto,
Olvidando as intempéries do tempo,
Constrói criativo sua bela mansão,
Mostrando ao homem mundano,
Que não precisa de pano,
Para o afeto mostrar...

Viajo amigo e irmão,
A Terra clama sangrando,
E em labaredas queimando,
Suas matas densas seculares,
E suas galhas, gesto de suplica,
Erguem-se  rumo aos céus,
Do Criador querendo saber,
Porque a louca humanidade
Quer o planeta acabar...

Seus rios choram em lamento,
Seus cursos já estão a mudar,
E os fortes e velozes ventos,
Advertem sempre a humanidade
Que ainda vem muita tempestade,
E inocentes nos lares a ceifar...

Cavaleiro Estelar,
Pare, pense e decida,
Ainda há tempo para mudar,
Os maus hábitos antigos,
De ganância, orgulho e poder,
O homem pode e deve,
Basta somente querer,
Distinguir enquanto há vida,
Que e mais nobre ser do que ter...

E então, um dia,
Depois de o Planeta Terra cuidar,
Poder volver ao infinito sideral,
O olhar desejoso da conquista,
Como o sonho e sentimento
Do verdadeiro sonhador artista,
Criar a mais bela obra
E deslumbrada humanidade deixar...

Depois da missão cumprida,
Espírito leve e liberto,
Percorreremos juntos,
Todo o imenso universo,
E dele poder desfrutar,
Toda a sua beleza e grandeza,
Reverenciando ao Magnânimo,
Criador de toda a natureza,
E caminhada à evolução continuar...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

BARRADOS NO BAILE

Assim já dizia o velho caboclo:
“Vancê nem vai querditá,
Esperemo tanto pelo baile
E num dexaro a gente entrá...

Ora, ora, ora,
Num anssim qui se faiz ,
Nos trabaiemo tanto,
Muitas noite sem drumi,
Pidimo inté inspiração,
Pro Santo Antonio, lá de riba,
Alumia nossos pensamento
Pra num dexá nois no relento,
E anssim o trabaio treminá...

Óia, mizifio, num fica triste não,
Nóis aqui, debaxo dessa paioça,
Achemo esse povo uma joça,
Pregano in nóis uma troça,
Só proque somo da roça,
E num sabemo pensá?

Num fica, mizifio iludido,
Esse povo tá muito perdido,
Sem sabê qui rumo tomá,
Quando eles treme é de reiva,
Quando nóis treme é maleita,
Nóis toma remédio e cura,
Eles morre é do próprio veneno,
E desse veneno,
Nóis num queremo  tomá...

Nóis somo humirde,
Im Deus nóis querdita,
Dexa essa arma aflita,
No meu peito aconchegá,
Cada um arresponde pelo fala,
Pensa e faz, mizifio, dexa istá...

A gloria é pra poca gente,
Praqueles qui são decente,
Num é pra bando de demente,
Qui qué ludibriar a gente,
Achano qui nóis é bobo,
Pensano qui nóis é troxa,
E anssim calá a nossa boca,
Num dexano nóis falá...

Mas escuta mizifio,
Um dia a casa cai,
Cai parede, cai o teto,
Cai a língua ferina,
Cai tudo qui nem dilúvio,
Vindo do bendito céu,
E o Pai qui fica brabo,
De vê o fio danado,
Tripudiá o pessoar...;

Fica triste não, mizifio,
O baile tem hora pra acabar,
Quando batê a sineta,
Nóis daqui toquemo a corneta,
E aí sim, mizifio, vancê vai vê,
A Justiça Divina é certa,
E tá muito alerta,
Quando o baile treminá...”


Heloisa Helena Silveira, jornalista/poeta

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DILMA, LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

Neste Planalto Central
está a brava mulher mineira,
face erguida e guerreira,
carregando em seu peito,
a faixa da Escelsa liberdade,
deixando para a posteridade
a mensagem vívida do seu amor,
 pela liberdade, pelo povo brasileiro,
Libertas, muito embora tardia veio,
e aqui finalmente se instalou...


Neste instante,
meu olhar ao passado voltou,
dias inesquecíveis, tempos da Revolução,
dias e noites sombrias, perseguição atroz,
cavalos trotavam irrequietos no asfalto,
em busca daqueles sonhadores,
que ousaram bradar a revolta,
revivendo e reescrevendo a história...


Voa imaginação, seus e meus sonhos,
sonhos da liberdade de outrora,
e do futuro que ainda virá,
mas lembrei-me, amargurada,
quando o guante do inimigo,
quis meu peito aflito perfurar,
baioneta ardente no ventre,
quando sonhei a liberdade cantar...


Libertas Quae Sera Tamen,
tremula na bandeira da minha terra,
sagrado solo amigo que me acolheu,
chorei por ti terra altaneira,
onde a liberdade foi desejada,
com lágrimas de sangue,
por ela tanto e tanto chorei...


Nos porões da ditadura,
enquanto sorvia amargamente o fel,
os poderosos generais, o doce mel,
mas persistente nos meus ideais,
bradei  e clamei por forças,
que aos poucos nos consumia,
e tu companheira ao meu lado
solidária quedava já alquebrada,
chorando no mesmo compasso...

Na solidão da masmorra,
lembrei-me do Alferes, suas lágrimas,
lágrimas do Alferes “Tiradentes” lembrei,
lágrimas dos pobres inocentes,
que sonharam a liberdade encontrar,
mas não foram em vão seus sofrimentos,
Pois clamo e desejo neste momento,
Vida em abundância tu viverás...


Hoje, escrevo o que vi,  vivi e senti,
E volto o olhar para o meu interior,
Silenciosamente a ouvir o meu coração,
E, sem medo, deixar docemente fluir,
As mais sentidas e belas expressões...


Expressões do amor, da fé e da dor,
Que invade a alma do pobre sofredor,
Que aos trancos avança, sem rédeas,
Na busca de seus loucos sonhos realizar,
Se foram loucos ou não, já nem sei,
Deixo para sua fértil imaginação,
A liberdade  só é real, só e perfeita
Quando usada no sentir e pensar,
Mas a grandeza da realização
É saber quando, como e dela usar...


 Brava guerreira,
Brava mineira,
Brava mulher brasileira,
A sua hora é agora,
Faça tudo o que você puder,
Resgate, lágrima por lágrima,
Que nas noites do tempo chorou,
Para cada lágrima, dê um sorriso,
Para cada dor lembrada, um abrigo...


Colheras, bem sei,
No jardim da existência
 As mais belas flores,
Frutos da semente plantada um dia,
Regada pelas lágrimas da imensa dor...


Heloisa Helena Silveira, jornalista/poeta

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MALA SEM ALÇA

Olha só minha gente,
Tem criatura neste mundo
Que se acha muito esperta,
Quer sempre subir na vida
Dar um de bacana atleta...

Escala  nos ombros dos outros,
Como  um trampolim
Muitos assim procedem
Comendo até o osso
Como se fosse cupim...

Sai erva daninha e danada,
Vê se você se manca,
Vê se arranja outro bonde,
E usar bem o seu estribo,
E pular pra bem longe,
Malandro que é assim,
Não vai ter pena de mim...

Preguiçoso e malabarista,
Vive dando uma de artista,
Pra enganar o companheiro,
Fica sempre à espreita
Se a coisa é boa, não rejeita,
Representa bem o oportunista...

Vá estudar seu  “cabra” maluco,
Se é que algum dia o fez,
Encha sua cabeça de saberes nobres,
Não me olhe com cara de pobre,
Que da vida nada recebeu...

Arregace as mangas e ao trabalho,
Mostre a que veio neste local,
Local de trabalhador é aqui mesmo,
É escola de tempo integral...

Não perca a oportunidade,
De mostrar os seus talentos,
Se é que verdadeiramente os tem,
Não seja folha  seca e solta ao vento,
Pregue o pé bem rente ao solo,
Aprenda com os seus companheiros,
Mala sem alça não se carrega no colo...


Heloisa Helena Silveira, jornalista/poeta

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Poema de boas vindas à Tereza Campello, Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Parabéns, Senhora Ministra,
bem vinda seja nesta casa,
onde a fome se combate,
com muito amor e destreza...

Fiquei muito atenta e alerta
ao  discurso proferido
pela Ministra Tereza Campello,
colocando ponto por ponto,
com clareza e muito zelo,
das ações a serem realizadas
na eliminação da pobreza...

Disse, dando ênfase,
em alto e bom som,
expandir o Programa Bolsa Família,
muitos outros beneficiar,
cidadania plena,
quer a todos resgatar...

Disse também, lembrando as palavras
da nossa querida Presidenta,
“de que não iria descansar
enquanto  houvesse brasileiros
sem alimento na mesa”...

Mencionou ainda, ela ter recebido
da nossa Presidenta Dilma,
nobre e árdua incumbência:
arregacem as mangas
para a fome do povo matar,
e a ministra prontamente,
trombeteou na Esplanada,
vamos todos trabalhar...

Falou de todas as ações,
desenvolvidas pelo MDS,
falou da agricultura familiar,
enfatizando que o povo
só come se puder plantar,
mas também não é só saber,
precisa de chão pra cultivar,
temos que acionar o INCRA,
pra terra ao homem liberar...

Disse a todos que o MDS
Já vinha desenvolvendo,
de maneira bem eficaz,
programas que ela um dia,
ajudou a implantar...

Tantos outros benefícios
não deixou de mencionar,
da garantia de acesso a água
no semi-árido brasileiro,
conhecida seca secular,
na implantação de mais cisternas
e a sede finalmente debelar...

Enfatizou, na oportunidade,
as ações de Inclusão Produtiva,
grande salto tem que dar,
preparando os beneficiários,
na capacitação profissional
e assim sua renda aumentar...

Com todos os servidores,
quer a Ministra contar,
digo então à nossa Ministra:

Conte conosco, desta hora em diante,
também não queremos ver
famílias famintas a mendigar,
um alimento, um agasalho, um teto,
ensinaremos a todos a plantar,
e juntos colheremos os frutos,
do trabalho e da dedicação,
partilharemos na mesma mesa
o sagrado e abençoado pão...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

MINEIRO TINHOSO

Ser tinhoso e persistente
É o lema do bom mineiro,
So desiste da brava luta,
Quando vencer por inteiro...

Magrinho e bom de briga,
Nunca se dá por vencido,
Usando o caminho mais nobre,
Saindo em defesa do pobre,
Sua fome quer acabar...

Ah menino mineiro,
Mantenha a cabeça erguida,
O bem só se leva da vida,
Não a vida que se quer levar...

Firme nas suas proposições,
O seu amor pelos caminheiros,
Que de janeiro a janeiro
Estradas estão a percorrer,
Em busca da terra bendita,
Onde há de plantar e colher...

Nós aqui estamos,
Somos parte da sua equipe,
E de mãos dadas, juntos,
Também caminhamos e sonhamos,
Por um Brasil mais justo e bom,
Onde a fartura vai imperar,
A justiça vai prevalecer,
Onde a água correrá
Cristalina e pura,
E a todos dar de beber...

Vá à luta, firme e destemido,
Aqueles que te precederam
Por ti estão a velar,
Os seus passos, os seus dias,
Quando enfim, um dia
Com eles reencontrarás.

Heloisa Helena Silveira/jornalista/poeta

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NEILA - Homenagem à querida amiga e colega da SESAN/Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Não é poema da despedida,
nem tampouco da partida,
quem acredita na eternidade
comigo vai concordar,
tudo que se fizer aqui “em baixo”
Lá “em cima” registrado está...

Quisera ter o dom da palavra,
quisera ter o dom da materialização,
transformar com um simples desejo,
a vida miserável do querido irmão...

É sempre bom lembrar,
da máxima do Cristo Jesus,
querer é poder, e quem quer pode,
transformar o mundo dos sonhos,
em realidade lúcida, sem par,
transformar as ilusões do homem,
valor real as coisas dar,
palavras o vento leva,
o exemplo marcado restará...

Mas para querer, tem que saber,
separar sempre o joio do trigo,
nunca tirar do pobre, o abrigo,
nem da boca do faminto, o pão,
não deixar a criança desnuda,
distribuir tudo que abunda,
no escondido celeiro do rico do lar...

Deus reserva aos homens,
que transitam na esfera terrestre,
missões árduas, missões nobres,
seja rico, seja pobre,
classes A, B, C ou D,
não importa, são todos seres mortais,
em busca da desejada evolução,
uns avançando mais rápidos,
outros, nem tanto,
pela desmedida paixão...

Se na vida profissional,
for-lhe dado a ocupar
um posto muito elevado,
atento, fique bem atento,
muito lhe será cobrado,
haja com paciência,
saiba ouvir com atenção,
muito valor terá
a sua certa orientação...

Não estão dispensados
outros tantos trabalhadores,
que exercem sem parar
os mais árduos labores,
os que escrevem textos,
os que trabalham na copa,
os que limpam o chão,
com esmero e humildade,
são nos gestos mais simples,
que se mostra humanidade...

Devemos lembrar, ter sempre em mente,
que a faxina mais completa e bem feita,
é aquela que fazemos no nosso interior,
não deixar sentimentos menos nobre,
detritos impuros, o coração contaminar,
resguardar o “Santuário Sagrado”
é ter como companheiro diário,
Jesus sempre presente no lar...


É tão difícil, muitos vão dizer,
isso é pra poucos, vão pensar,
essa mulher é louca,
querendo o mundo mudar,
mas se não começar agora,
a efetiva e eterna mudança,
não haverá mundo melhor,
nem comida em abundância,
pois a mola que motiva
a grande transformação,
é o AMOR que nutrimos,
pelo querido irmão...

Siga em frente
querida amiga e companheira,
se assim posso te chamar,
leve ao próximo, nosso próximo,
a ventura, a esperança,
fartura e alegria,
no recôndito do lar,
faça a política certa,
dando a todos a oportunidade,
do digno trabalho, da nobre profissão,
deixe marcado no “ Livro da Vida ”
como ser um bom Cristão...

Vá em frente, mulher mineira,
vinda das terras altaneiras,
suas marcas indeléveis vai aqui deixar,
nos que aqui ficamos, prometemos,
o seu nome NEILA vamos lembrar...


Heloisa Helena Silveira, Jornalista/Poeta