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quinta-feira, 8 de agosto de 2013




FELICIDADE

Onde está a felicidade,
Vivo assim a questionar,
Não a vejo, não a encontro,
Dentro ou fora do meu lar...

É uma busca incessante,
Vara a noite, chega o dia,
Felicidade é o seu nome,
Quando e como te encontrar...

E os anos vão passando,
Não canso de esperar,
Será que um dia ela chega?
Vivo eu a questionar...

Hoje, paro e penso.
O que é a felicidade?
O que realmente vem a ser,
É ter um lar, é ter amigos,
Ter bens materiais, ter beleza,
Ser inteligente e sagaz?

O que é ser então feliz,
Ter uma rica conta bancária,
Viver uma vida de lazer?
Ter um emprego, status?
Viver sem nada fazer?

Não, diz a voz interior,
Ser feliz é ser bom e útil,
Servir ao nosso próximo,
Ao caminheiro ou ao irmão,
A felicidade está na alma,
Escondida no coração...

Se realmente queremos
Um dia a felicidade encontrar,
Despojemo-nos da cobiça,
Da ganância, da inércia,
Vermes que destroem o lar...

A felicidade é conquista,
Minuto a minuto, dia a dia
Dentro e fora do lar,
Sendo piedoso, compassivo,
Gentil e misericordioso,
Começando agora, sem tardar...

A felicidade é luz,
É como o raiar do dia,
Aquecendo em resplendor,
É o gorjeio do pássaro,
É o regato que passa,
É a criança a sorrir,
É a fome saciar...

Felicidade é a palavra benfazeja,
É a mão que afaga e acolhe,
Num gesto de amor e paz,
Àqueles que a procuram,
Com certeza irão encontrar,
O amor puro e inconteste,
Doado sem nada esperar...


Heloisa Helena Silveira
Direitos autorais reservados
Brasília/DF, 8/ago/2013


MÃOS

Mãos, benditas mãos,
Que afagam com ternura
A criança que chora aflita,
Perdida longe do lar...

Mãos, santas mãos,
Que preparam o alimento,
Santo pão de cada dia
Assim alimentar o faminto...

Mãos que se entrelaçam,
Que se juntam em oração,
A rogarem ao Criador por bênçãos
Numa só corrente de ação...

Mãos, caridosas mãos,
Que num gesto de bondade,
Tecem o manto que aconchega
O idoso que não mais enxerga...

Mãos, sofridas mãos,
Que no campo labutam,
No trato da bendita terra
Pra a semente nela deitar...

Mãos, abençoadas mãos,
Que colhem o farto trigo,
Plantado não em vão,
E dele fazer o pão...

Mão que cuidam,
Mãos que lavram,
Mãos que salvam,
Mãos que acalentam...

Mãos, unidas num encontro,
Fazem juras secretas de amor,
Prometem a felicidade eterna,
O céu, o mar, o infinito, o luar
E as estrelas no céu a brilhar...


Heloisa Helena Silveira
Direitos autorais reservados
Brasília/DF, 8/ago/2013