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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

RIACHO


Oh! Pequeno riacho,
Deita suas águas no mar profundo,
Carregando as mágoas inoportunas
Deixadas pelos seres do mundo...

Vai, meu pequeno riacho,
Libere suas impurezas lamuriosas,
A ofuscar a sua beleza e mansuetude,
Para livre e cristalino passar...

Acolha em seu leito amigo
As folhas caídas ao vento,
Mas não corra tanto
Para não perder o doce encanto...

E, se por ventura, intempéries encontrar,
Na sua longa e certa trajetória,
Não transborde em suas emoções
Rumo ao profundo distante mar...

Mas, quando lá finalmente chegar,
Lembre-se do peregrino do caminho,
Que às margens tortuosas te contemplou,
Ou em teus braços amorosos se jogou...

Não deixe fenecer a esperança,
De sentir o orvalho da noite,
Se aquecer com o sol das manhãs,
Se extasiar com pássaros a cantar...

A suavidade da sua jornada,
Ensina-me a ser mais prudente,
No pensar, no falar e no agir,
Diante das surpresas do porvir...

Direitos autorais reservados.
Heloisa Helena Silveira, poeta
Brasília 14/02/2014