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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PLANETA AZUL

Gira, gira, Planeta Azul,
Tu és o mais belo
Dentre todos do universo,
Imerso nas suas profundezas
Jazem veios de cobre,
Prata, ouro e diamante,
Potentado itinerante.

Em suas veias percorrem
Os rios caudalosos,
Que correm velozes,
Levando as lágrimas
E de arrasto queixumes,
Deitando-os solene no mar.

O encontro dos rios amores
Solimões e Rio Negro
Par perfeito, limo vasto,
Em seu fértil e rico leito
Faz nascer o grande
Potente Rio Amazonas.

A grande geografia
A estudar as entranhas
Da redonda terra azul,
Descobre jazidas
Que ouriçam no homem
A infame e amarga cobiça.

O grande Planalto Central,
Jaz potente e grandioso,
Forte, viril e charmoso
A cativar os viandantes
Em busca de seus diamantes
A reluzir em esplendor.

O homem, devasso,
Na sua cruel conquista,
Sem a sensibilidade do artista
Implode, arrasa e queima
O solo rico e sagrado,
Suas matas densas seculares.

Hoje, chora o Planeta Azul,
Vertendo rios de lágrimas,
Suas matas, cinzas negras,
É tudo o que lhe resta,
É fato, tempos chegados,
Choramos nós, final dos tempos...

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