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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

RIO DOCE RIO

Meus olhos choram lágrimas do Rio Doce,
Meus olhos choram a prematura morte infame,
Meus olhos choram os assassinos impunes,
Meus olhos não mais lágrimas, mas lamas...

Limpa e cristalina nasceu um dia
As águas serenas do Rio Doce,
Em veios lindos vistos de cima,
Trajetória perene rumo ao mar...

O que fizerem de ti meu doce rio,
Corpos inertes, chafurdados em lama,
Por ti não se compadeceram, te espoliaram,
Pois no nascedouro te aniquilaram...

Ah! Meu doce rio, Rio Doce
Que deu vida em abundância
A todos que o reverenciavam
Eram homens, eram peixes,
Eram matas seculares...

A terra chora em estertores,
Os céus alardeiam em trombetas,
Tempo dirá, justiça quiçá, pois dias virão,
Cobrado será de todo homem,
Que maltrata o orbe em vão...

Não há tempo de destruir,
A hora é de reconstruir
Uma nova e saudável civilização,
Mais sensata e compassiva
Que do mundo tem visão...

Não basta sentar e esperar
Dos homens públicos, a justiça,
Se cada um não fizer a sua parte,
Todos terão a mesma desdita...

Se da lama tereis vida,
A vida da lama surgirá,
Renascerá um dia outro rio
Novo Rio Doce nascerá...

Heloisa Helena Silveira, poetisa

Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015


AMOR

As palavras verbalizam o sentimento que trazemos em nossos corações. Aceita então, coração amigo, este sentimento que transborda em minha alma, querendo se libertar, transcender, espargir...


No silencio da humilde oração,
Rogo ao Pai Celestial
Para que derrame sobre você
O mais sublime dos sentimentos,
O amor em toda a sua plenitude...

Quisera cobrir de rosas
Os caminhos da sua jornada,
Para então vê-la sorrir...

Quisera cobrir de luzes
Suas noites em solitude,
E não mais sozinha sentir...

Quisera trazer das galáxias
Muito além do imenso universo
A mais bela estrela a luzir...

O amor está em toda parte,
Nos campos em flores,
No canto do bem-te-vi
Nas águas do mar profundo,
No infinito distante

Quem sabe, bem perto de ti...

Heloisa Helena Silveira, poetisa
Brasília/DF, 23/11/2015

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

PARA REFLETIR:

Diante de tantas tragédias humanas, a cada momento que passa, me convenço de como é importante refletirmos sobre o nosso comportamento e do de outras pessoas, de fatos que nos comovem, e que nos levam a postar opiniões nas mídias sociais, na maioria das vezes de forma seletiva.

Alguns mostram-se solidários com a dor alheia, outros, nem tanto... o que afinal me comove? O que te comove? Qual a diferença entre o sofrimento dilacerante dos cidadãos sírios refugiados, e dos parisienses, mineiros cobertos de lama? O que realmente me dói e me faz sentir indignado? E aqueles que morrem ao tentar fugir das atrocidades cometidas nas guerras? Aqueles que vivem morrendo, a cada dia, a cada momento, pelo desprezo e abandono? Será que me dói mais é sentir a incapacidade de servir, de amar, de acolher ou de discernir?

A lama que mata os nossos rios, doces rios das Minas Gerais, que mata nossas crianças, nossos concidadãos, exala odor fétido da ganancia, do menosprezo do homem pelo próximo e pela natureza; é a ausência de poder público nas ações mais básicas, enfim, é o descumprimento contumaz das leis que protegem os mananciais da natureza.
Reflitamos, o que fazer agora? Ser solidário, sem ação? As palavras comovem, o exemplo arrasta multidões. O amor e a compaixão são sentimentos nobres e precisam ser compartilhados.


Faça a sua parte e eu farei a minha.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Bach 

Oh! Kleiner Bach 
Gieß dein Wasser in die Tiefsee, 
Lade deinen unerwarteten Kummer, 
Von der Welt zurück gelassen

Lass los mein kleiner Bach
Lass die Unreinheiten fließen
Die deine Schönheit und Sanftheit verblendet 
Frei und klar....

Empfange in deinem freundlichen Flussbett 
Die Befallenen Blätter im Wind
Aber nicht zu schnell 
Um den süßen Charme nicht zu vergessen 
Und vermissen

Und wenn du auf schlechtes Wetter triffst 
Auf deinen langen und richtigen Weg
Lass deine Gefühle nicht überlaufen 
Wenn du in das tiefe, entfernte Meer fließt.

Aber wenn du endlich dort angekommen bist 
Denke an den Pilger der mit dir kam
Der deine Winkel und Bänke betrachtete 
Oder der in deine liebenden Arme sprang

Lasse die Hoffnung nicht verwelken
Um den Abendtau zu fühlen 
Gewärmt von der Morgensonne 
Berauscht von dem Vogelgezwitscher

Die Sanftheit deiner Reise 
Lehre mich, vorsichtig zu sein
Im Denken, Reden und Handeln 
In der Zukunft der Überraschungen.


Heloisa Silveira, poetisa

Credits translation for: Franziska Dickmann
Copywrite reserved.
Brasília/Brazil 09/11/2015
Riacho

Oh! Pequeno riacho,
Deita suas águas no mar profundo,
Carregando as mágoas inoportunas
Deixadas pelos seres do mundo...

Vai, meu pequeno riacho,
Libere suas impurezas lamuriosas,
A ofuscar a sua beleza e mansuetude,
Para livre e cristalino passar...

Acolha em seu leito amigo
As folhas caídas ao vento,
Mas não corra tanto
Para não perder o doce encanto...

E, se por ventura, intempéries encontrar,
Na sua longa e certa trajetória,
Não transborde em suas emoções
Rumo ao profundo distante mar...

Mas, quando lá finalmente chegar,
Lembre-se do peregrino do caminho,
Que às margens tortuosas te contemplou,
Ou em teus braços amorosos se jogou...

Não deixe fenecer a esperança,
De sentir o orvalho da noite,
Se aquecer com o sol das manhãs,
Se extasiar com pássaros a cantar...

A suavidade da sua jornada,
Ensina-me a ser mais prudente,
No pensar, no falar e no agir,
Diante das surpresas do porvir...

Direitos autorais reservados.
Heloisa  Silveira, poetisa
Brasília 09/11/2015
Drops of poetry

Bitte nie einen Dichter nicht zu träumen,  
Es ist wie einen Vogel bitten nicht zu singen, 
Eine Wolke nicht zu schweben 
Und einen Stern nicht zu leuchten.


Heloisa Silveira, poetisa
Translation Credits for: Franziska Dickmann
Copywrite reserved.
Bailarina

Baila libélula azul no seu devaneio,
corpo leve e solto expressando sua arte,
espalhando elegância e graciosidade em cores,
bailarina, bela, baila sonhando os seus amores...

E assim bailava a libélula azul,
parecia voar nas asas do infinito,
em seu dorso branco e leve a flutuar,
inebriada ao som da doce melodia,
que transcendia em pleno ar...

E ao som do frenético compasso
da melodia que assim tocava,
rodopiava a libélula encantadora,
deixando a todos extasiados...

Sonha libélula a beleza do amor,
mostrando sua graça e encanto,
dance o amor, com amor, pelo amor,
como crisálidada se desprende da casca,
enfim liberta, alça voos em resplendor...

Somos como a libélula,
a bailar a sinfonia da vida,
Um dia esperando nos libertar,
tornando-nos crisálidas,
e quem sabe, azul bela voar...

Heloisa Silveira, poetisa
Copywrite reserved.
Ballerina 

Die blaue Libelle tanzt in ihren Tagträumen, 
Leichte, lockere Außerungen ihrer Kunst 
Verbreitet Anmut und Eleganz durch Farben 
Ballerina, schön,  tanzt ihrer lieben träumend.

Und so tanzt die blaue Libelle 
Schien auf den Flügeln der Unendlichkeit zu fliegen 
Auf dem leichten weißen Rücken schwebend,  
Berauscht von den Klängen der süßen Melodie, 
Die in der Luft tranzendierte.

Und zum klang des rasenden Kompasses,
Der Melodie die gespielt wurde, 
Charmante pirouetten der Libelle,
Lässt alle verzücken


Heloisa Silveira, poetisa
Credits for translation: Franzi Dickmann
Copywrite served.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015


GOTINHAS DE POESIA

REFLEXO

A imagem que vejo em seus olhos
É o reflexo do ser que reside em mim,
Para que eu possa amar-te por inteiro,

Terei que amar-me primeiro...

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Gotas de Poesia

Hoje, quero admirar os lírios do campo,
Bailar em círculos solta ao vento,
Com intensidade, viver cada momento,

Do passado, lembrar sem lamento...

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Caminhada

Era uma vez...
E assim começa a história,
Na Serra da Borborema,
Onde o poeta faz poema,
Louvando os filhos de Esperança,
Terra boa, bendita e santa,
Memórias da sua infância...

Lá, nasceu Marinilson,
Filho de Nelson e Marina,
Que com as suas pernas finas
Quis o mundo conquistar...

Paraíba, terra de sanfoneiro,
Teve até Jackson do Pandeiro,
Que em versos cantou o amor,
Trazendo alegria ao povo,
Dançando o xaxado agarrado
e de pé de serra o forró...

E vai Marinilson crescendo ...
Nos estudos, até se deu bem!
Avançando na vida como ninguém,
E como todo bom menino,
Foi traquina e muito levado também...


Paraíba, terra de gente famosa,
Como o grande Chateaubriand,
Grande legado deixou aos brasileiros,
Como político, jornalista  e escritor...

Um dia Marinilson virou doutor,
Para o orgulho do velho progenitor
E alívio e alegria da mãe,
Agrônomo quis com a terra lidar...

E juntando aos saberes do povo
Buscou usar novas tecnologias
Adotou a tal sustentável agroecologia
E os homens do campo propôs ensinar...

Vai boiadeiro que o dia já vem/
Guarde o teu gado e vai pra junto do teu bem...
É o canto sofrido, lamento incontido,
Tocando o seu gado vai o boiadeiro
Nas caatingas do Cariri, terra dos cangaceiros,
Gente guerreira como essa eu nunca vi...

E lá vai Marinilson,
Trazendo em seu nome
O significado da disciplina e lealdade,
Produtivo em seus atos e com os pés no chão...

Continua desbravando o futuro,
Querendo ao povo servir,
E vereador é eleito, mas quer progredir,
Torna-se então Secretário da Agricultura,
Focando naquilo que sempre sonhara,
Cuidar do plantio e da agropecuária...

Mas ainda é pouco
Quer mais caminhar.
Hoje assumi o DATER
Da Secretaria da Agricultura Familiar,
Seja bem-vindo ao nosso meio,
Alia-se a nós que pensamos em servir
Aos humildes trabalhadores da terra,
Representados pela simplicidade,
Do pequeno e bravo agricultor...



Que a sua nova trajetória à frente do DATER seja coroada de grandes realizações.

Heloisa Helena Silveira
Todos os direitos reservados.

terça-feira, 19 de maio de 2015



Perseverança

Nas lutas e embates na jornada da vida
Novas experiências aportam em nossos caminhos,
São dádivas que o Mestre nos envia,
Para aprimorar nosso saber e a sabedoria…

Olha amigo, bem sei que não é nada fácil,
Conduzir com primor no santuário da carne,
Aqueles que o Mestre te confiou um dia
Exigindo-te paciência, renuncia e prudência…

Entretanto, tenha sempre em mente,
E guardado no recôndito do seu coração,
O Mestre Jesus está sempre presente,
Nos momentos de alegria ou de aflição…

Se te é demandado seguir adiante,
Servindo ao Mestre e ensinando a servir,
Como modelo e roteiro todos te verão,
E no espelho refletir a sua própria luz…

Mais um dia de vida,
Mais um passo em sua jornada,
Serão coroados de bençãos
Pelos luminares celestes de luz,
Acreditando que todos somos filhos,
Eternos aprendizes, daquele que nos conduz…




Felicidades pelo seu aniversario. Brasília/DF, 15/05/2015

Poema dedicado ao meu amigo Everton Ferreira.