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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dádiva de servir

Dádiva do servir

Anjo amigo, onde estás?
dá-me uma explicação,
porque minh’ alma tremula,
diante de tanta agrura,
que passa um querido irmão...

Ao ver  o homem que padece,
quer da fome ou da injustiça,
fruto da mesquinha cobiça,
daqueles que só pensam em si,
sem enxergar a vida alheia,
que em dores se permeia,
esperando um triste fim...

Você já parou pra pensar,
o quanto tens recibo?
tens um lar, tens guarida,
tens o labor santo da vida,
que o Pai Supremo ofertou...

Olhe o pequenino que passa,
passos em descompasso,
é folha seca caída no tempo,
que ninguém que enxergar,
se deixa levar pelo vento,
muitas, às vezes, ao relento
sem amparo, sem acalento,
não sabendo onde aportar...

Seja dele o timoneiro,
estenda suas mãos
num gesto de amparo,
mostre o caminho à seguir,
dê a ele a esperança,
do dia que há de vir...

Este ser é o seu futuro,
sozinho e combalido,
da ilusão da vida, foi iludido,
cabelos então grisalhos,
trêmulos passos, tênues laços,
perguntarás, por certo,
o que foi feito de mim?
Terás com certeza a resposta:
porque este é nosso fim...

Ampare hoje e sempre,
acolhido, serás no amanhã,
faça hoje, aqui e agora,
anteveja a própria aurora,
viva hoje a vitória,
escreva a sua própria história,
colha no presente o fim...

Construa a sua nova morada,
num jardim repleto em flor,
componha a  sua sinfonia,
na linguagem universal do amor,
cante a ode plena e sublime,
que a todos os homens define,
seres eternos e imortais...

Direitos autorais reservados, Bsb, 4/10/2010



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