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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ODE A PORTUGAL

ODE A PORTUGAL
É Mouraria, é Portugal,
é o doce fado que canta,
a sangria da alma,
que encanta e acalma,
a saudade da Terra,
no continente distante,
de onde veio o Infante,
cheio de esperança,
a felicidade deitar,
no bendito solo sagrado,
Brasilis, terra altaneira,
seu despojo quedará...

Louvo a ti, meu Portugal,
dos altos mares até o Tejo,
saúdo todos os lugares,
Coimbra, Fátima, Algarve,
Leiria, Alverca do Ribatejo,
lembro, ouço, na capela distante,
bem além do horizonte,
o sino a repicar,
chamada da ”Ave Maria”,
que suavemente anuncia,
o fim de mais um dia...

Longa travessia, bravos mares,
noites infindas, mar singrei,
frio intenso, rudes ventos,
tormentas enfrentei,
coração partido, Coimbra deixei...

Trovões, guerras em profusão,
 ânsia da conquista,
 devassa o velho continente,
persegue, expulsa e mata,
é a cegueira da cobiça,
comandados de Napoleão,
tomam à força, terras sagradas,
berço dos lusitanos, ancestrais...

Mas, surge, imbatível,
destemido e perspicaz cavalheiro,
olhos no futuro almeja,
com a visão do infinito,
cumpre a sagrada profecia,
faz expandir na terra distante,
brava e heróica geração,
comandada pelo sábio D. João...

A mais bela ação,
dentre todas já vistas,
surge do coração generoso e amorável,
de Isabel, princesa da liberdade,
  grilhões  partidos, não mais cativos,
para vôos distantes ensejar,
irmãos sofridos, degradados,
mutilados, vilipendiados na alma,
filhos dóceis, nativos da África,
Lei Áurea faz vingar...

Assim pensou Isabel, a Princesa
quem disse que sua tez,
por não ser alva, é menor?
somos filhos do amor,
não da pertinaz insensatez,
irmanados na centelha de luz,
refletindo a pura essência
da criação inimitável,
daquele que nos conduz...

Liberta-te, filho do ventre,
nascido cativo tempos atrás,
alforria, eu te quero livre,
tua liberdade, é a minha paz...


Direitos Autorais reservados - BSB, 08/10/2010

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