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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DILMA, LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

Neste Planalto Central
está a brava mulher mineira,
face erguida e guerreira,
carregando em seu peito,
a faixa da Escelsa liberdade,
deixando para a posteridade
a mensagem vívida do seu amor,
 pela liberdade, pelo povo brasileiro,
Libertas, muito embora tardia veio,
e aqui finalmente se instalou...


Neste instante,
meu olhar ao passado voltou,
dias inesquecíveis, tempos da Revolução,
dias e noites sombrias, perseguição atroz,
cavalos trotavam irrequietos no asfalto,
em busca daqueles sonhadores,
que ousaram bradar a revolta,
revivendo e reescrevendo a história...


Voa imaginação, seus e meus sonhos,
sonhos da liberdade de outrora,
e do futuro que ainda virá,
mas lembrei-me, amargurada,
quando o guante do inimigo,
quis meu peito aflito perfurar,
baioneta ardente no ventre,
quando sonhei a liberdade cantar...


Libertas Quae Sera Tamen,
tremula na bandeira da minha terra,
sagrado solo amigo que me acolheu,
chorei por ti terra altaneira,
onde a liberdade foi desejada,
com lágrimas de sangue,
por ela tanto e tanto chorei...


Nos porões da ditadura,
enquanto sorvia amargamente o fel,
os poderosos generais, o doce mel,
mas persistente nos meus ideais,
bradei  e clamei por forças,
que aos poucos nos consumia,
e tu companheira ao meu lado
solidária quedava já alquebrada,
chorando no mesmo compasso...

Na solidão da masmorra,
lembrei-me do Alferes, suas lágrimas,
lágrimas do Alferes “Tiradentes” lembrei,
lágrimas dos pobres inocentes,
que sonharam a liberdade encontrar,
mas não foram em vão seus sofrimentos,
Pois clamo e desejo neste momento,
Vida em abundância tu viverás...


Hoje, escrevo o que vi,  vivi e senti,
E volto o olhar para o meu interior,
Silenciosamente a ouvir o meu coração,
E, sem medo, deixar docemente fluir,
As mais sentidas e belas expressões...


Expressões do amor, da fé e da dor,
Que invade a alma do pobre sofredor,
Que aos trancos avança, sem rédeas,
Na busca de seus loucos sonhos realizar,
Se foram loucos ou não, já nem sei,
Deixo para sua fértil imaginação,
A liberdade  só é real, só e perfeita
Quando usada no sentir e pensar,
Mas a grandeza da realização
É saber quando, como e dela usar...


 Brava guerreira,
Brava mineira,
Brava mulher brasileira,
A sua hora é agora,
Faça tudo o que você puder,
Resgate, lágrima por lágrima,
Que nas noites do tempo chorou,
Para cada lágrima, dê um sorriso,
Para cada dor lembrada, um abrigo...


Colheras, bem sei,
No jardim da existência
 As mais belas flores,
Frutos da semente plantada um dia,
Regada pelas lágrimas da imensa dor...


Heloisa Helena Silveira, jornalista/poeta

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