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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MALA SEM ALÇA

Olha só minha gente,
Tem criatura neste mundo
Que se acha muito esperta,
Quer sempre subir na vida
Dar um de bacana atleta...

Escala  nos ombros dos outros,
Como  um trampolim
Muitos assim procedem
Comendo até o osso
Como se fosse cupim...

Sai erva daninha e danada,
Vê se você se manca,
Vê se arranja outro bonde,
E usar bem o seu estribo,
E pular pra bem longe,
Malandro que é assim,
Não vai ter pena de mim...

Preguiçoso e malabarista,
Vive dando uma de artista,
Pra enganar o companheiro,
Fica sempre à espreita
Se a coisa é boa, não rejeita,
Representa bem o oportunista...

Vá estudar seu  “cabra” maluco,
Se é que algum dia o fez,
Encha sua cabeça de saberes nobres,
Não me olhe com cara de pobre,
Que da vida nada recebeu...

Arregace as mangas e ao trabalho,
Mostre a que veio neste local,
Local de trabalhador é aqui mesmo,
É escola de tempo integral...

Não perca a oportunidade,
De mostrar os seus talentos,
Se é que verdadeiramente os tem,
Não seja folha  seca e solta ao vento,
Pregue o pé bem rente ao solo,
Aprenda com os seus companheiros,
Mala sem alça não se carrega no colo...


Heloisa Helena Silveira, jornalista/poeta

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